Exonerado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nesta terça-feira, 30, Alessandro Moretti disse que compartilhou todas as provas coletadas e produzidas pela agência sobre o software espião FirstMile com a Polícia Federal (PF).
Segundo o ex-diretor adjunto da Abin, foi ele quem determinou que as investigações sobre a possível espionagem na agência fossem iniciadas, por meio de uma sindicância instaurada pela Corregedoria-Geral. Na época da determinação, Moretti era o diretor-geral em exercício.
“Todo o material probatório coletado e produzido pela Abin foi compartilhado com a Polícia Federal, que também teve atendidas todas suas solicitações à agência. Por esta razão, grande parte do material que instrui o inquérito da PF é fruto da apuração conduzida com total independência na Abin”, disse, por nota, ontem.
Também delegado da PF, Moretti defendeu a continuidade da Abin e afirmou que o conhecimento estratégico difundido pela agência é “indispensável para o País” e “essencial para a proteção de nossa sociedade”, qualificando os colegas que os produzem como “profissionais altamente capacitados e compromissados”.
No relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que serviu de base para a investigação, a PF diz que Moretti se reuniu com servidores, em março do ano passado, e afirmou que a investigação sobre a “Abin paralela” tinha “fundo político” e iria “passar”.
Fonte: Agência Estado