A conquista do acesso time profissional masculino do Vitória para a Série A do Brasileirão, caso ocorra, será fundamental para outros departamentos do clube. Nesta quarta-feira (4), em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, Many Gleize, gerente administrativa do Leão, destacou que o investimento deve ser maior no futebol feminino em 2024.
“A situação complicada é hoje. Concretizando a subida do profissional, teremos mais condições para garantir boas contratações e melhorar quem está aí. Fizemos uma reunião ontem e vamos sentar com a diretoria para planejar a parte financeira e cada peça que vem. O principal é saber quanto temos de orçamento”, destacou.
O Vitória tem, de acordo com o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 95,2% de chances de subir para a Primeira Divisão.
Neste ano, as Leoas terminaram com o vice-campeonato baiano após perderem para o Bahia na final. Contudo, a posição garantiu à equipe a vaga na Série A3 do Brasileirão. O Vitória não disputa uma competição nacional desde 2019.
“Durante dois anos, eu ouvi: o objetivo é não tomar goleada. Fazer uma campanha dessa, chegar numa final, com a estrutura que temos, foi uma vitória. Comemoramos e parabenizamos a todas as meninas pelo empenho. Sabemos que o torcedor quer ganhar, que clássico é clássico, mas calma. Cada passo será dado. Vamos construir um time forte para chegar bem no Brasileiro e depois conquistar muitos Baianos”, projetou Many.
A profissional fez uma análise também sobre o quais medidas podem ajudar o futebol feminino a ter mais investimentos aqui no Brasil. Na visão dela, os horários marcados para as partidas são um empecilho no desenvolvimento da modalidade.
“Às 15h de quarta-feira tem um jogo de Campeonato Brasileiro. As pessoas não conseguem ir assistir. Mesmo que seja transmitido, não param para ver. Não é um horário muito bom. O que pode acontecer? As federações e a CBF tentarem colocar em horários mais comerciais para os patrocinadores se interessarem mais em aparecer. Na minha opinião, esses jogos deveriam ser 18h ou 19h. O clube reclama porque não se paga, mas a partir do momento que começar a ter torcida, patrocinador, transmissão, vai evoluir”, pontuou.
Por fim, explicou que o Vitória tem o projeto de desenvolver os esportes olímpicos durante a gestão do presidente Fábio Mota.
“Tem projeto para os esportes que tivemos mais sucesso: vôlei de praia e quadra, judô, fut7, futevôlei e basquete. O remo já anda, com a gestão de Mário Ferrari. Já temos planejamento para competições, pretendemos buscar recursos para bancar os custos de viagens. O que é mais caro para o atleta é viajar. Mas pretendemos voltar forte”, disse.
Fonte: Bahia Notícias