O governo federal cortou, até o mês de julho, cerca de 934 mil beneficiários do Bolsa Família que diziam viver sozinhos e que recebiam o auxílio irregularmente.
O grupo dos que viviam sozinhos cresceu sobremaneira durante o Auxílio Brasil de Jair Bolsonaro — de 15% para 27% das famílias atendidas. A suspeita é de fraudes em cadastros no benefício.
A medida foi tomada após o bloqueio temporário de mais de um milhão de beneficiários em abril, para levantamento de maiores informações e esclarecimentos. Nos meses seguintes, quem não preencheu os requisitos foi cortado. Grande parte nem mesmo se manifestou.
Com o corte, o número de benefícios unipessoais caiu de 5,9 milhões, em janeiro de 2022, para 4,9 milhões, em julho.
Suspeitas de fraudes
Durante a vigência do Auxílio Brasil, o benefício era fixo, independentemente do números de pessoas na família. Assim, uma mãe com quatro filhos recebia o mesmo que um homem solteiro.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, muitas pessoas cujas famílias já eram atendidas fizeram um novo cadastro, como se vivessem sozinhas, para ganhar outro benefício, o que configura fraude.
Ainda de acordo com o Ministério, novos cortes em benefícios unipessoais devem ocorrer nesse mês de agosto.