No mês em que todo o país celebra o chamado Maio Amarelo, campanha por mais paz nas ruas e estradas, uma nova pesquisa traz dados que podem desanimar os habitantes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia: é neles onde se encontram as pessoas mais rudes do Brasil no trânsito, conforme dizem os próprios brasileiros.
As informações acabam de ser reveladas pela Preply, plataforma de idiomas que, recentemente, buscou investigar a comunicação entre condutores e pedestres de diferentes regiões e constata: em um contexto marcado pelo estresse e hostilidade no trânsito, 7 em cada 10 pessoas já presenciaram agressões verbais de outros motoristas ou transeuntes — violência essa da qual 40% da população também foi vítima direta ao menos uma vez.
Isso porque, para entender o comportamento nas ruas e avenidas de cada região, recentemente, respondentes de todos os estados foram indicados a compartilharem suas experiências envolvendo a violência no trânsito, entre os insultos mais ouvidos, a frequência com que ouvem comentários agressivos e as atitudes que tendem a estimular discussões e brigas.
Na opinião dos brasileiros, seriam três os estados com os condutores e pedestres mais gentis: Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Intolerância no trânsito, uma experiência comum
Bate-bocas excessivos, gestos obscenos para lá e para cá, buzinas exageradas… se existe algo que o estudo conduzido pela Preply apenas reforça é como, independentemente da região, a impaciência segue sendo uma marca das ruas e estradas brasileiras — característica que faz com que, a cada hora, cinco pessoas morram no país em decorrência de brigas de trânsito, como destacam dados recentes do Ministério da Saúde (DataSus).
Das experiências compartilhadas pelos entrevistados pela Preply, diversas são aquelas que envolvem situações de hostilidade entre condutores e pedestres: para se ter uma ideia, por exemplo, 7 em cada 10 respondentes relataram já ter presenciado agressões verbais no trânsito, percentual que muda para 48,4% quando o assunto diz respeito a ver situações de agressão física — das quais já foram vítimas 8% dos ouvidos na pesquisa.
Fonte: Tribuna da Bahia