Líder do PP na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Niltinho disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode permitir a reeleição do atual presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), é apenas o primeiro passo no sentido de viabilizar este terceiro mandato. A fala do parlamentar foi feita em entrevista ao site Política Livre, divulgada ontem.
Para ele, a medida não deve provocar desgaste na base de Jerônimo Rodrigues (PT). Ele apostou que o governador baiano irá apoiar o posicionamento dos deputados, mesmo com a resistência contrária do líder da maioria na Assembleia Legislativa, o deputado Rosemberg Pinto (PT).
“É inegável que o objetivo é ajudar Adolfo. É um reconhecimento a todo o trabalho feito pelo presidente. E a presidência de Adolfo tem gerado resultados positivos não só para a Casa, mas para os baianos também. Ou seja, isso é positivo. O maior exemplo disso é que a PEC já tem mais de 50 assinaturas dos 63 deputados estaduais”, contou. “Adolfo tem atuado com maestria na condução da Casa. É um sentimento não apenas da base do governo, mas da oposição também. Une toda a Assembleia, que precisa de harmonia e autonomia para atuar pela Bahia. Não é uma iniciativa só minha, só do deputado Nelson Leal, que vai apresentar a PEC, mas de todos e tem que ser respeitada”, acrescentou Niltinho.
Ele garantiu que Adolfo não foi consultado antes do início da coleta de assinaturas. “A PEC surgiu naturalmente da Casa. Os deputados começaram a falar do assunto e a tratar dessa possibilidade e isso foi ganhando corpo. Assim, tratamos dessa possibilidade de tentar criar as condições para a reeleição, como acontece em inúmeras outras Assembleias e Câmaras municipais do país”, respondeu. “Claro que a eleição é só em fevereiro de 2025, e os outros 62 deputados podem querer ocupar a presidência. Não há imposição em contrário. Mas o fato é que há hoje na Casa um desejo de que Adolfo continue por conta da condução dele. A PEC é só um primeiro passo de outros que serão dados, porque ainda está longe da eleição da Mesa Diretora”, continuou.
Indagado sobre um plano B, caso Adolfo não dispute a reeleição em 2025, Niltinho garantiu não ter essa possibilidade, apesar de já ter lançado o seu nome: “Em 2021, tivemos ali uma disputa inicial saudável, com respeito mútuo. Começamos caminhando em direções opostas, até que chegou o momento em que havia um clamor do próprio governo e nós recuamos para apoiar Adolfo. Nunca tive dúvidas naquela ocasião e hoje de que a decisão foi acertada”.
“É óbvio que eu desejava ser presidente da Assembleia, e acho que todo deputado deseja isso, mas ali, quando eu recuei, sabia que estava apoiando um homem de palavra, sério. Então, essa marca de Adolfo também prevaleceu para que eu tomasse aquela decisão. Sobre 2025, digo que não trabalho com plano B. Só tem o plano A, de Adolfo, que tem meu apoio irrestrito”, ressaltou. Niltinho abordou ainda a disputa pela cadeira que fica vaga em dezembro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), se juntando à tese de que a vaga, após tantas exceções, fique com um deputado estadual. “Essa é uma posição de uma grande maioria da Assembleia”, avaliou.
Fonte: TRBN