O senador Jaques Wagner (PT) admitiu, nesta sexta-feira (29), que a base petista tomou um “susto” com o resultado da eleição de 2022 e voltou a cobrar celeridade na escolha do candidato a prefeito de Salvador do próximo ano. Em entrevista à Rádio Metropole, petista lembrou que, embora Jerônimo Rodrigues (PT) tenha ganhado a disputa ao governo da Bahia no ano passado, o grupo perdeu nas principais cidades do estado.
“A última eleição foi um susto ou um aviso. Das 20 maiores [cidades], nós ganhamos duas ou três cidades grandes. Isso chamou a atenção. Creio que Jerônimo e a equipe dele estão mergulhando mais nesse assunto para entender o que aconteceu. Se perdesse o Jerônimo e o Lula, eu diria que era anti-petismo. Só que não foi isso que aconteceu. O Lula ganhou e nós aqui na Bahia, como grupo, perdemos nessas cidades. Não dá para dizer que é antipetismo. Se fosse antipetismo, não votaria em Lula”, analisou.
Wagner sugeriu que o grupo perdeu nesses colégios eleitorais por “não fazer política”, e deu uma cutucada no ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
“Por que aconteceu isso? Eu não tenho uma explicação razoável. Faltou política nas grandes cidades? Às vezes, tem esse problema. Não é só a obra, porque a gente não é só gerente. Quem se elege governador é um líder político do estado. Na minha opinião, não dá para ser gerente. Tem que ser líder político”, pontuou o senador.
O petista criticou ainda a demora do grupo político em definir o candidato em Salvador. Disse que já está “atrasado”. “Nós vamos ter candidato em Salvador. Não tenho dúvida. Espero que afunile. Acho que é melhor entrar com uma chapa para todas as energias estarem gasta nela”, ressaltou.
Fonte: Metro1